domingo, março 28

Um ano sem

Um dos derradeiros retratos de Agnès Varda.
Por Juergen Teller, para a revista de moda Puss Puss,
2018.
Agnès Varda (Bruxelas, 30 de maio de 1928 — Paris, 28 de março de 2019) deixou muita coisa importante, certamente saudade. Cada um irá escolher as suas. Eu fico com vontade de rever: Duas Horas na Vida de uma Mulher (1962), Olhares Lugares (2017), co-realizado com o fotógrafo JR, e A Felicidade (1965).

"O ar pueril e a quase infantilidade de Varda na sua atitude perante o mundo e o cinema são apenas aquilo que aparece num primeiro contacto. Ela sempre esteve cheia de consciência social, pejada de conhecimento humano e transbordando compreensão. Há um outro momento no filme, retirado de Jacquot de Nantes (1991), em que Agnès filma Demy como se ele fosse uma paisagem, os cabelos como se fossem uma floresta, a pele do rosto como se fosse uma praia, os olhos como se fossem a lua. Só mesmo a sua “infantilidade” para ver o seu amado como um sítio que se pode visitar e viver. Os seus filmes são agora o território a que podemos voltar, paisagens ternas de uma terra doce onde as férias são lestas e os areais alvos."
Ricardo Vieira Lisboa, À pala de Walsh

1 comentário:

  1. Eu escolho "Le Bonheur", "L'une chante, l'autre pas" e "Les Glaneurs et la Glaneuse".

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