No quinto centenário do nascimento de Luís de Camões, uma
antologia, selecionada e comentada por um dos seus grandes leitores (sem prosa, ao contrário do que fez Eugénio de Andrade na antologia de 1977) com referências literárias explicadas na última secção do livro. Curiosidade: não esconde como Camões foi, ao fim e ao cabo, imperialista, racista e outras coisas mal vistas. Frederico Lourenço destaca evidências disso no
canto X dos “Lusíadas”, mas não é só lá que elas aparecem. Ainda não foi cancelado e Lourenço explica que não o deve - limita-se a refletir os conceitos do seu tempo. E que sobre determinados versos, conceitos ou metáforas que há décadas damos como seus, quando descobrimos que afinal foram colhidos em Virgílio ou Petrarca, calma, isso em nada diminui o seu mérito. Trata-se sempre de excelente poesia.
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