quarta-feira, novembro 1

Uma doença de sono que não o é

 

”Esta época tinha, algures, um desejo genuíno de conhecimento, tinha, de alguma maneira, uma vontade artística genuína, tinha uma consciência social de inegável precisão; como pode o ser humano, criador de todos estes valores e participantes neles, como é que ele pode “compreender” a ideologia da guerra, acolhê-la e aprová-la sem contestação? Como pôde agarrar na arma, como pôde ir para as trincheiras, para lá perecer ou para regressar de lá novamente para o seu trabalho habitual, sem enlouquecer? Como é possível uma tal versatilidade?” 
Hermann Broch (Viena, 1 de Novembro de 1886 – New Haven, EUA, 30 de Maio de 1951), escritor austríaco, in “Os Sonâmbulos”, tradução de António Sousa Ribeiro, Relógio d’Água, 2018, p. 347. 

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