"Toda a poesia é insolúvel: (…) Não lhe falta nem lhe sobra o mundo, nem é a contradição do mundo aquilo que a embaraça. (…) O silêncio não traduz apenas a renúncia, mas a ruptura entre o mundo como linguagem e a linguagem como mundo. O que se não exprime forçosamente pela ausência do dizer. Não será essa, mesmo, uma condição do dizer?"
Herberto Helder, «Nota Inútil», prefácio a António José Forte, Uma Faca nos Dentes
Sem comentários:
Enviar um comentário