Michel de Montaigne (Castelo de Montaigne, 28 de fevereiro de 1533 — Castelo de Montaigne, 13 de setembro de 1592) foi, para abreviar, o "pai" do cepticismo e do ensaio. É Stefan Zweig, em Montaigne (Assírio & Alvim, 2016) quem, em pouco mais de 100 páginas, nos dá a conhecer melhor a vida e o seu pensamento.
"Só aquele que foi obrigado a viver numa época em que a guerra, a violência e a tirania das ideologias ameaçavam o futuro de cada um e, nela, a sua essência mais preciosa, a liberdade individual, sabe quanta coragem, rectidão e energia são precisas para se manter fiel ao seu eu mais profundo…". Segundo Zweig, Montaigne foi alguém que numa época terrível libertou-se interiormente com admirável deslumbramento e coragem. Tendo casado por conveniência, reconhece, por exemplo, "o direito, mais às mulheres do que aos homens, de terem um amante…".
Também podemos ficar a conhecer melhor o aniversariante do dia, com menos páginas, através do livro de Clara Rocha, O Essencial sobre Michel de Montaigne (INCM), mas nada substitui a sua vasta obra. A melhor antologia dos ensaios de Montaigne, publicada pela Relógio D'Água, mas não a um preço muito acessível, tem agora a concorrência da edição da E-Primatur. Uma busca pelo OLX e talvez encontre um outra, dos Amigos do Livro, a preço realmente interessante.
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