O detalhe, o sentimento dos outros e amplos sinais de beleza — desde logo, porque é preciso não ter medo de falar. Uma poesia muitas vezes zangada, outra tantas irónica. Fundamentalmente, "uma poesia onde bate a atenção prioritária à humanidade de que somos feitos. E esse batimento é uma declaração. Nela não há filosóficas mortes do homem, nem contorções que só os deslavados apreciam, nem rarefacções que são o refúgio dos estúpidos. É uma poesia existencialmente figurativa e poderosamente atenta à viagem do tempo" (Joaquim Manuel Magalhães, in Rima Pobre).
"COM A TUA LETRA", de Fernando Assis Pacheco (Coimbra, 1 de Fevereiro de 1937 — Lisboa, 30 de Novembro de 1995), escritor, poeta, tradutor, jornalista e crítico literário.
Porque eu amo-te, quer dizer, estou atento às coisas regulares e irregulares do mundo.
Ou também: eu envio o amor sob a forma de muitos olhos e ouvidos a explorar, a conhecer o mundo.
Porque eu amo-te, isto é, eu dou cabo da escuridão do mundo. Porque tudo se escreve com a tua letra.
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