“Um dos livros mais singulares da história da filosofia é o pequeno e enigmático Ecce homo. Último livro anterior ao colapso, foi escrito por um Nietzsche extremamente feliz que flanava na beleza ensolarada das ruas de Turim, conversando com os vendedores de frutas, tomando sorvete, surpreendendo-se com as delícias e o preço baixo da cozinha piemontesa, deslumbrando-se na Galleria Subalpina, para ele “o mais belo e elegante lugar do género”. Era 1888, ano de espetacular e mesmo febril exuberância intelectual – fato que tanto pode afastar quanto justificar as suposições de desequilíbrio psíquico com que se procurou dar conta da estranheza desta autobiografia ou do que quer que seja o problemático livro, quase insuportável em sua megalomania.”Katia Muricy, Ecce homo: A autobiografia como género filosófico
sábado, outubro 15
"Mais vale ser surdo que ensurdecido"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário