quarta-feira, fevereiro 8

Um desses homens raros que pensam com o coração


 Ruskin, por John Everett Millais

Crítico social, de Arte, poeta e desenhador, John Ruskin (08 de fevereiros de 1819 — 20 de janeiro de 1900) nasceu há 202 anos, na Londres vitoriana que haveria de moldar e mudar. Vinculou-se ao Romantismo, que dá ênfase à sensibilidade subjectiva e emotiva em contraponto com a razão, e esteticamente apresentou-se como uma reação ao Classicismo com admiração ao medievalismo. Tolstói descreveu-o como "um desses homens raros que pensam com o coração" e Marcel Proust, entusiasta de Ruskin, dedicou-se ao estudo da sua obra e traduziu-a para o francês, coisa que permanece por fazer no português e daí, certamente, a raiz dos nossos problemas cardíacos.
«De geração em geração, o grande erro dos melhores dentre nós tem sido a ideia de auxiliar o pobre dando-lhe esmola, pregando-lhe resignação e esperança, ou empregando outros meios diversos, mitigantes ou consoladores, com excepção da única cousa que Deus ordena se lhe conceda: a justiça. Os economistas clássicos envaidecem-se por terem descoberto que a riqueza, ou de um modo geral qualquer forma de propriedade, aflora nos pontos onde é solicitada; logo que existe a procura, deve aparecer a oferta. Declaram depois, que estas correntes da oferta e da procura, não podem ser proibidas pelas leis humanas.» 
John Ruskin, Vós, os Que Julgais a Terra.

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