"É pertinente admitir que, trabalhando menos, seria possível em alguns casos aumentar a produtividade. É também provável que algumas empresas de alguns sectores mais inovadores encaixem sem danos maiores o corte de um dia por semana de trabalho. Mas para que todas as expectativas fossem sensatas e todos os cálculos realistas era necessário ponderar primeiro, estudar depois, envolver o conjunto da sociedade a seguir e só então eleger essa medida para um programa eleitoral. O PS fez tudo ao contrário e inscreveu a “ponderação” no seu programa. É um erro — porque associa o partido e as suas lideranças a uma ideia de facilitismo que contraria os tempos exigentes que vivemos e os desaos terríveis que o país terá de vencer. E ainda porque cola a um programa que mostra o PS recentrado na sua via mais centrista e pragmática um devaneio típico da esquerda que acredita no milagre da redistribuição da riqueza que nasce de geração espontânea. Não havia necessidade."
Manuel Carvalho, Público
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