segunda-feira, agosto 31

E. M. de Melo e Castro (1932 - 2020)


E. M. de Melo e Castro foi um dos principais teóricos da poesia experimental e das vanguardas poéticas portuguesas do século XX. Deixa-nos excelentes ensaios como “A Proposição 2.01” (1965), “O Próprio Poético” (1973) e “Dialéctica das Vanguardas” (1976), “As Vanguardas na Poesia Portuguesa do Século XX” (1980), “Po.Ex: Textos Teóricos e Documentos da Poesia Experimental Portuguesa”, organizado com Ana Hatherly em 1981, Literatura Portuguesa de Invenção e Projecto e, já na década de 90, os dois volumes de “Voos da Fénix Crítica”, o primeiro dos quais recebeu em 1995 o Prémio Jacinto Prado Coelho. A importância decisiva do ano de 1961 para a lírica portuguesa não se ficou apenas pela “A Colher na Boca”, de Herberto Helder ou pela publicação colectiva “Poesia 61”. Foi também nesse ano que Melo e Castro escreveu os 29 poemas concretistas de “Ideogramas”. A parte mais relevante da poesia de E. M. de Melo e Castro publicada até ao final dos anos 70 está condensada em dois volumes publicados na Assírio & Alvim: “Ciclo Queda Livre” (1973) e “Círculos Afins” (1977). O poeta E. M. de Melo e Castro, a referência fundadora da poesia concreta portuguesa, morreu este sábado à noite, aos 88 anos, em São Paulo, no Brasil, onde vivia desde a segunda metade dos anos 90.

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