Mais do que proteger os tímpanos, é um dilema admirar as obras e concepções dramáticas de Richard Wagner (Leipzig, 22 de maio de 1813 — Veneza, 13 de fevereiro de 1883) quando se sente um calafrio pela exaltação da "arte alemã". O wagnerismo irrigou culturalmente a música e a cultura europeias, mas suscita controvérsias e rejeições pelo espectro do anti-semitismo e do nazismo. Ainda hoje Wagner continua interdito em Israel. E é um facto que Hitler reivindicou Wagner como uma das suas inspirações em Mein Kampf. Acabou admirador do anarquismo, mas o nazismo foi o culminar horrífico da "arte alemã" que Wagner reclamara e exaltara.

“Gosto mais da música de Wagner do que de qualquer outra. É tão alta que se pode estar a falar o tempo todo sem que ninguém oiça nada.”Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray
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