Resistir à Cegueira do Mundo é uma produção da RTP com realização de Abílio Leitão, que o segundo canal da televisão pública estreia, hoje, após uma sessão de antestreia realizada em meados de Janeiro no Cinema São Jorge, em Lisboa. Conta-nos a história, a vida, a obra, as motivações e as marcas deixadas por Eduardo Prado Coelho na cena cultural portuguesa e na divulgação do país literário e artístico além-fronteiras, principalmente em França, Paris sobretudo, onde se fixou a partir de 1988, quando foi convidado a leccionar no Departamento de Estudos Ibéricos na Sorbonne. Essa Paris que haveria de tornar-se o “lugar de exaltação” da sua vida intelectual e profissional. E o título do filme faz-lhe justiça: Resistir à Cegueira do Mundo. É o próprio Eduardo Prado Coelho que, no texto que fecha o livro O Cálculo das Sombras (ASA, 1997), o diz explicitamente:
“O mais belo poema do mundo (por exemplo, ‘A Tabacaria’, do Pessoa-Campos) pode sempre ser lido de modo a que tudo fique massacrado e destruído, e face a esse tipo de barbarismo não há defesa que se invente.”
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