
Com um orçamento que Rui Moreira revelou ser de 62.500 euros para a programação, a par de 88.000 euros para mobiliário e estruturas e 15.000 euros para a animação, a Feira do Livro do Porto começa hoje e mantém a dimensão estabilizada de 130 pavilhões, 87 inscritos, sendo 10 livrarias, 46 editoras e 21 alfarrabistas.
A programação cultural, comissariada por Nuno Artur Silva, terá como homenageado o filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço, com direito a uma árvore batizada com o seu nome na Avenida das Tílias, mas também o músico e poeta brasileiro Arnaldo Antunes e o escritor Nuno Costa Santos (escritor residente deste ano), terão destaque. E ainda haverá tempo para uma homenagem a Mário Cláudio, pelos 50 anos de vida literária,.
Haverá sessões a propósito dos centenários de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Jorge de Sena, uma edição especial das Quintas de Leitura, que João Gesta criou há quase duas décadas, um ciclo de cinema comissariado por Guilherme Blanc com Joana Canas Marques (Cineclube do Porto), as atividades do Serviço Educativo para crianças e famílias e uma exposição, vários concertos e performances.
Serão assinaladas várias efemérides, desde o meio século da chegada do Homem à Lua aos 30 anos da queda do Muro de Berlim.
Os debates começam no dia 8 (16h, auditório da Biblioteca Almeida Garrett), com Rui Zink, José Eduardo Agualusa, Isabela Figueiredo e a venezuelana Karina Sainz Borgo a discutir o que fazem os “Escritores Contemporâneos em Tempos Conturbados”, e prosseguem com um face a face sobre “Memória e Ficção” entre Manuel Vilas e Nuno Costa Santos (escritor residente), uma “Provocação Amantíssima” de Hélia Correia, sob o signo de Agustina Bessa-Luís, e um “Balanço Precipitado” da poesia portuguesa do século XXI, com Ana Luísa Amaral, Inês Fonseca Santos, Rui Lage e Pedro Mexia. Boaventura Sousa Santos vai confrontar globalização com desglobalização, enquanto o painel formado por Nuno Ferrand de Almeida, Luísa Schmidt e Henrique Miguel Pereira vai questionar a "esperança de habitar a Terra", sob a moderação de Arminda Deusdado. Hélia Correia fará uma "provocação amantíssima" sobre Agustina Bessa-Luís e dois poetas do Porto, João Luís Barreto Guimarães e Jorge Sousa Braga, vão protagonizar "Poesia à Capela". Roberto Francavilla vem dar a perspetiva de um especialista sobre Portugal, mas visto de fora.
Os debates começam no dia 8 (16h, auditório da Biblioteca Almeida Garrett), com Rui Zink, José Eduardo Agualusa, Isabela Figueiredo e a venezuelana Karina Sainz Borgo a discutir o que fazem os “Escritores Contemporâneos em Tempos Conturbados”, e prosseguem com um face a face sobre “Memória e Ficção” entre Manuel Vilas e Nuno Costa Santos (escritor residente), uma “Provocação Amantíssima” de Hélia Correia, sob o signo de Agustina Bessa-Luís, e um “Balanço Precipitado” da poesia portuguesa do século XXI, com Ana Luísa Amaral, Inês Fonseca Santos, Rui Lage e Pedro Mexia. Boaventura Sousa Santos vai confrontar globalização com desglobalização, enquanto o painel formado por Nuno Ferrand de Almeida, Luísa Schmidt e Henrique Miguel Pereira vai questionar a "esperança de habitar a Terra", sob a moderação de Arminda Deusdado. Hélia Correia fará uma "provocação amantíssima" sobre Agustina Bessa-Luís e dois poetas do Porto, João Luís Barreto Guimarães e Jorge Sousa Braga, vão protagonizar "Poesia à Capela". Roberto Francavilla vem dar a perspetiva de um especialista sobre Portugal, mas visto de fora.
No tocante ao ciclo de cinema, "Nada a esconder" ("Caché"), que garantiu a Michael Haneke o prémio de melhor realizador em Cannes (2005), é apresentado por Pedro Mexia numa das cinco sessões que tomarão a Europa como tema central de reflexão.
Refiram-se ainda a exposição "Heroínas de histórias improváveis", composta pelas ilustrações dos livros de António Jorge Gonçalves, e a conversa/espetáculo "O labirinto da saudade", que reunirá o realizador Miguel Gonçalves Mendes, Pilar del Rio, Siza Vieira, Noiserv e Nuno Artur Silva numa sessão dedicada ao filme com o mesmo nome e centrado na vida e obra de Eduardo Lourenço. E os habituais lançamentos de livros e sessões de autógrafos, que completam a programação dos 17 dias do festival literário.
Haverá, por fim, espetáculos de música e de spoken word, exposições, conferências, leituras de poesia, um ciclo de cinema e uma sessão especial das “Quintas de Leitura” (‘Delírio Manso’).
Programação completa no Jornal da Feira do Livro: aqui.
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