quinta-feira, fevereiro 7

Charles Dickens (07.02.1812 — 09.06.1870)

Conta a lenda que houve um ou dois leitores a quem rebentaram os vasos sanguíneo de tanto rir e os amigos lamentaram a sua sorte quando o médico os proibiu de prosseguir a leitura de Pickwick. Mas a lenda ainda é mais generoso. Conta-se, também, que Fernando Pessoa lamentava já ter lido este livro por não poder voltar a lê-lo pela primeira vez e que Chesterton terá dito: “Dickens não escreveu exactamente literatura; escreveu mitologia”. 
Celebra-se hoje o 207º aniversário de Charles Dickens, e já que temos unanimidade que chegue, celebremos a data com aquele que pode ser (nos meus piores dias digo mesmo que "é") o pior parágrafo inicial de que há memória na literatura mundial. Porém, isto só se pode dizer não menosprezando as restantes 934 páginas de elevada categoria, claro.

Sonho de Dickens, aguarela de 1875, por Robert William Buss



"O primeiro raio de luz que ilumina as trevas, convertendo num brilho ofuscante a obscuridade a que parecia votada a história remota da carreira pública do imortal Pickwick, deriva da consulta do seguinte assento do Livro de Actas do Clube Pickwick, cuja exposição aos olhos do leitor é do maior agrado do editor destes documentos, enquanto testemunho da cuidada atenção, da infatigável diligência e do criterioso discernimento com que conduziu a sua investigação por entre os variadíssimos papéis que lhe foram confiados."

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