segunda-feira, janeiro 16

Bernardino Pires, um nome a acrescentar à história da fotografia do século XX no Porto


Auto-retrato de Bernardino Pires

Emílio Biel (1838-1915), Aurélio da Paz dos Reis (1862-1931) e Domingos Alvão (1872-1946 vão ter a companhia de um desconhecido: Bernardino Pires (1901-1977) e da sua Zeiss Super-Ikonta. O livro A Cidade do Porto na Obra do Fotógrafo Bernardino Pires, com a chancela da sua In-Libris, dá a conhecer uma centena de imagens com que este fotógrafo amador e autodidacta registou da cidade. Um espólio de cerca de 10 mil negativos, “escondido” durante mais de quatro décadas na casa do filho, Daniel Pires, foi deixado por um “homem dos sete ofícios”: desenhador gráfico, ilustrador e publicitário, tendo trabalhado para a empresa de produtos químicos e farmacêuticos Ciba-Geigy (actual Novartis) para a qual desenhava e reproduzia insectos, plantas e infestantes agrícolas, que copiava à lupa a partir da natureza –, mas foi também bombeiro, avaliador oficial em leilões, colaborador da companhia de seguros Confidente e ainda proprietário, na década de 60, da tabacaria-livraria Estrela, na Rua de Santo Ildefonso, no centro da cidade. 

Imagens do Porto a preto e branco enriquecida com uma série de textos de diversos autores, que foram desafiados a “comentar” as imagens de Bernardino Pires: Ana Luísa Amaral, Mário Cláudio, Beatriz Hierro Lopes, Carlos Fiolhais, Duarte Belo, Fernando Guimarães, Filipa Leal, João Habitualmente, Jorge Sousa Braga, Mónica Baldaque, Nuno Júdice, Paulo Moura, Pedro Mexia, Regina Guimarães e Renato Roque. A estes, acrescem textos de Hermano Marques, do professor e historiador Luís Miguel Duarte.

O projecto não terminou com a publicação do livro, há a criação de um banco de imagens no site  ImagoMundi


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