quinta-feira, janeiro 20

Fellini 102



Em Portugal estávamos no excitante "verão quente" de 1974 quando este Amarcord estreou. Teve especial impacto a sequência quando, na cerimónia fascista, com a gigantesca e atemorizadora efígie de Mussolini, se apagavam as luzes e se ouvia a Internacional, saindo de um anónimo gramofone estrategicamente colocado no cima da torre da igreja. Conta a lenda que, por cá, houve quem nos cinemas batesse palmas... Amarcord continua como a perfeita súmula de um mundo de sonhos e pesadelos com a subtileza da mais descarnada ironia e do traço grosso do cineasta. Podemos não ter muitas  afinidades com Fellini, mas nunca deixar de admirar o seu cinema. Faria, hoje, 102 anos.

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