quarta-feira, julho 10

Marcel Proust nasceu há 148 anos



E ainda parece impossível acreditar que uma madalena e um chá possam ter o poder de recuperar um tempo que um "eu" já julgava perdido. Nem os simbolistas podiam pedir melhor despedida nem os modernistas melhor baptismo. Porém, a pergunta mantêm-se: criar é isso, fatigar, esmiuçar, lembrar ou é tarefa para um bom "editing", como Umberto Eco preconizava?

"As verdades que a inteligência apreende directamente entrevendo-as no mundo da plena luz possuem algo de menos profundo, de menos necessário que as que, sem as termos procurado, a vida nos comunicou numa impressão, material porque entrou pelos nossos sentidos, mas de que podemos extrair o espírito. "

Marcel Proust, O Tempo Reencontrado - Em Busca do Tempo Perdido Volume 7, tradução: Pedro Tamen; edição: RA, 2016, p. 254.

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